Sobre

“Minha mãe sempre costurou a vida com fios de ferro”, são palavras de uma personagem do conto “A Gente combinamos de não morrer”, de Conceição Evaristo. Tanto a frase quanto o nome do conto, dão nome à duas editorias. A primeira, “Costurar a vida com fios de ferro”, traz histórias de vida que foram formadas pela persistente força de gerações, contadas no formato de perfis. “A gente combinamos de não morrer”, é um espaço de possibilidade de ressignificação da opressão, oportunizando a emergência de novas formas de compreensão do mundo, nesta editoria, estão presentes reportagens sobre moradia, saúde, segurança e educação. “Os olhos de minha mãe”, inspirada no primeiro conto do livro de Conceição, aborda a vivência da maternidade, em formatos diversos. “Levantar, correr, sair, voltar” experimenta a fluidez da vida, à esta editoria estão reservados os conteúdos sobre esporte e cultura. Por fim, “Galeria de Mulheres” lembra-se das personagens de Conceição — Ana Davenga, Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida e Zaíta —, para apresentarmos as realidades da mulher em fotografias.

No fim das contas, todos os conteúdos inspiram-se na seguinte frase de Conceição Evaristo, notável professora e escritora brasileira contemporânea: “A nossa escrevivência não pode ser lida como histórias para ‘ninar os da casa grande’ e sim para incomodá-los em seus sonos injustos.”